Rapazes negros e pobres na educação de jovens e adultos: um estudo sobre a relação entre masculinidades e raça

Autores

  • Rosemeire dos Santos Brito Universidade Federal do Espírito Santo - UFES.

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2016.202.7191

Resumo

Este artigo apresenta resultados parciais de um estudo realizado em uma escola de educação de jovens e adultos da rede municipal de São Paulo, com o propósito de verificar possíveis razões para a sobrepresença de rapazes negros e pobres nessa modalidade de ensino. Os conceitos de juventude(s), masculinidade(s), raça, racismo e gênero, pensados de forma articulada, orientaram a análise. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, coletivas e individuais, com estudantes condizentes com esse perfil, tendo em vista acessar símbolos culturais que possivelmente estruturaram masculinidades em sua relação com o rendimento escolar. A análise revela que muitos compartilhavam significados de gênero condizentes com o que esperavam ser o modelo mais aceitável de ser homem nas escolas. O estudo constata também que rapazes negros compartilhavam um padrão marginalizado, em função das contradições envolvidas em sua corporeidade, enquanto símbolo e fonte de expressão de masculinidade.

Palavras-chave: gênero, raça, juventude(s).

Biografia do Autor

Rosemeire dos Santos Brito, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES.

É professora do Departamento de Educação, Política e Sociedade, do Centro de Educação da UFES - Universidade Federal do Espírito Santo. É doutora em Educação, mestre em Educação, graduada e licenciada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo - USP. Atuou como professora da Unicentro e como pesquisadora associada do Nepo - Núcleo de Estudos de População da Unicamp. Seus temas de pesquisa estão vinculados às áreas de sociologia da educação, políticas educacionais, formação docente, relações de gênero e educação, relações raciais e educação, violência familiar e relações de gênero

Downloads

Publicado

2016-03-11

Edição

Seção

Artigos