Letramento e alfabetização e o cotidiano: vozes dispersas, caminhos alternativos
Resumo
Neste artigo, defendemos que as práticas com letramento são determinadas pelo valor sociopolítico da decifração do Outro, seja dentro ou fora da escola. Empreendemos uma retomada da consolidação no Brasil de um campo de estudos sobre letramento, apoiados nos fundamentos da Análise de Discurso pêcheutiana e da Psicanálise lacaniana, filiamo-nos aos postulados de Tfouni sobre letramento. Apresentamos a análise de recortes de uma Coletânea de textos do Programa de Professores Alfabetizadores (PROFA/INEP/MEC) e de falas de professores alfabetizadores, que compõem no cotidiano um mosaico de vozes dispersas sobre a questão. Concluímos que essa aparente dispersão sustenta, de modo disfarçado, o fortalecimento de um sentido de letramento alinhado à ideologia da decodificação, sendo que disso resultam alguns retrocessos decisivos nesse campo de estudos.
Palavras-chave: letramento, alfabetização, discurso, Programa de Professores Alfabetizadores.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Concedo à Calidoscópio o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Calidoscópio acima explicitadas.