Cartilhas escolares e doutrinação infantil no contexto do Estado Novo (1937-1945)

Autores

  • Miguel Ângelo Silva da Costa Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI
  • Zenaide Inês Schmitz Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ.
  • José Martinho Rodrigues Remedi Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2017.212.10477

Resumo

A partir da relação entre educação e nacionalismo, o propósito deste artigo consiste em colocar em tela o papel das cartilhas escolares enquanto fontes de leitura e de doutrinação infantil no contexto do Estado Novo, assim como a concepção de educação e de infância que delas pode emergir. Em diálogo com o horizonte teórico oferecido por Roger Chartier (1990), sobretudo no que diz respeito às noções complementares de “representações” e “práticas” sociais, o trabalho concentra-se em duas fontes específicas: as cartilhas “Getúlio Vargas para Crianças” e “Getúlio Vargas: O Amigo das Crianças”. Os resultados apontam que, ao veicularem valores, crenças e padrões de comportamento ancorados nos princípios da autoridade, hierarquia, ordem e patriotismo, as cartilhas escolares refletem facetas significativas de um projeto político dedicado a difundir, no imaginário infantil, os princípios básicos da mentalidade que deu suporte ideológico ao regime varguista.

Palavras-chave: cartilhas escolares, infância, Estado Novo, História da Educação.

Biografia do Autor

Miguel Ângelo Silva da Costa, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI

Programa de Pós-graduação em Educação - PPGEdu

 

 

 

Zenaide Inês Schmitz, Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ.

PPG em Educação

José Martinho Rodrigues Remedi, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de História
Av. Roraima, 1000, Prédio 74 A
97105-900, Santa Maria, RS, Brasil

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Publicado

2017-04-07

Edição

Seção

Artigos