Escrita escolar, ficção e modos de subjetivação

Autores

  • Betina Schuler Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2017.212.13209

Resumo

Este artigo parte da área da educação, com atravessamentos na filosofia e na história para pensar as relações entre as práticas de escrita escolares e os modos de subjetivação. Para tanto, empreende-se uma pesquisa bibliográfica analisando-se produções acadêmicas que se debruçaram sobre a escrita escolar e examinando-se nesses materiais a regularidade da escrita operada como expressão/revelação de uma ideia e de si mesmo, como controle dos riscos e operada em certa velocidade. Tais regularidades são marcadas e asseguradas pela perspectiva da vontade de verdade e de um sujeito fundante. Essas práticas discursivas são problematizadas a partir de dois ferramentais analíticos foucaultianos: a ficção e a escrita tomada como técnica de si. Ambos são operados como possibilidades de se tomar a escrita como exercício de pensamento e de si, deslocando-se da escrita como expressão/revelação para a escrita como transformação, em se tratando dos modos de relação que assumimos com nós mesmos.

Palavras-chave: escrita escolar, ficção, subjetivação, genealogia.

Biografia do Autor

Betina Schuler, Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos

Pós-Doutorada em Educação pela Universidade de Lisboa, Portugal. Pós-Doutorada em Ciências Humanas pela Griffith University, Austrália. Doutora e Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Graduada em Pedagogia pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Atualmente é Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

 

Downloads

Publicado

2017-04-08

Edição

Seção

Artigos