A captura do tempo e a constituição do sujeito pesquisador

Autores

  • Bruno Eduardo Procopiuk Walter Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2016.202.8591

Resumo

Esta pesquisa teve por objetivo compreender a constituição do sujeito pesquisador a partir da apropriação e uso de seu tempo. Para isto, pautando-se num referencial teórico foucaultiano, foram consultados documentos e analisadas um total de 30 entrevistas realizadas com docentes e pesquisadores vinculados a programas de pós-graduação na Universidade Estadual de Maringá. Pôde-se perceber que, ao longo de sua existência, o pesquisador tem seu tempo capturado pela escola-universidade. Seu tempo não é apenas capturado, mas é-lhe exigido que ocupe seu tempo de forma cada vez mais intensa e produtiva. Em decorrência, o tempo para si, o tempo gerido por si tende a ser reduzido. Por fim, cabe notar que a forma de ser pesquisador produzida no presente não é a única possível. Importa, na atualidade, refletir e criar formas outras de ser pesquisador que não aquelas impostas pelos dispositivos existentes e que lhe fixam uma identidade.

Palavras-chave: captura do tempo, constituição do sujeito, sujeito pesquisador, cuidado de si.

Biografia do Autor

Bruno Eduardo Procopiuk Walter, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Psicólogo organizacional do Departamento de Educação, do Câmpus Campo Mourão, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Doutorando em Psicologia Social e Institucional na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2016-06-28

Edição

Seção

Artigos