Tempos e infâncias entrelaçados no cotidiano escolar

Autores

  • Cristiane Elvira de Assis Oliveira Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Luciana Pacheco Marques Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2011.153.755

Resumo

O artigo discute o olhar sobre o tempo de crianças de uma escola de educação infantil em tempo integral. Do ponto de vista teórico, apoia-se em reflexões sobre o tempo apresentadas por Bergson, Kohan, Prigogine e Stengers; sobre as infâncias, por Kohan e Larrosa; sobre o tempo escolar, por Barbosa e Sanches; e sobre a discussão de Gallo e Lins a respeito de outras possibilidades de experenciar os tempos na escola. A parte empírica da pesquisa foi realizada mediante um diálogo com as crianças, tendo por base a história do livro Armando e o tempo, de Mônica Guttmann, a partir da qual fizeram um desenho. Os indícios nos/dos desenhos foram discutidos, tendo como referência o Paradigma Indiciário de Carlo Ginzburg, na intenção de decifrá-los e compreendê-los através das pistas, observando seus significados. Ao decifrar tais pistas, o estudo mostrou que os dois tempos – cronológico e aiónico – estavam presentes em seus cotidianos: o tempo cronológico representado pelo relógio, e o aiónico pela imaginação. Essa constatação possibilita que se pense nas/com as escolas outras infâncias e outros tempos, para além da cronologia, que abranjam a dimensão da experiência do tempo Aión, que expressa a intensidade do tempo da vida humana.

 

Palavras-chave: tempo, infância, escola.

Biografia do Autor

Cristiane Elvira de Assis Oliveira, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, bolsista CAPES.

Luciana Pacheco Marques, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Doutora da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora.

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Publicado

2011-09-27