A flexibilização curricular do (novo) Ensino Médio e os modos de ser docente
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2024.281.02Palavras-chave:
Ensino Médio, Flexibilização, Michel FoucaultResumo
O artigo tem o propósito de analisar efeitos que a flexibilização curricular, proposta pela reforma do (novo) Ensino Médio (EM), produziu nas docências de educadores que atuavam nesta etapa da Educação Básica, em 2020. A parte empírica foi desenvolvida em uma escola pertencente à Rede Sesi. As teorizações que sustentam a investigação advêm do pensamento de Michel Foucault. O material examinado é formado por questionários e entrevistas realizadas com docentes do EM. A estratégia usada para operar sobre o material foi a análise do discurso foucaultiana. O exame mostrou que a implementação do (novo) EM mobilizou uma docência “donjuanesca” em que, ao maleabilizar práticas, tornando-as mais “livres” e menos rígidas, aumenta e estende as demandas de trabalho e as horas de planejamento. Assim, o educador, ao aderir a práticas que possam atrair, movimenta os desejos individuais, uma vez que, atrelada à ideia de sedução, está a perspectiva de mais liberdade e também de mais individualismo.
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