90 Anos do Manifesto dos Pioneiros: por que reescrevemos continuamente a história?

Autores

  • Marisa Bittar UFSCar

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2023.271.27

Palavras-chave:

Manifesto dos Pioneiros, Escola pública, História da Educação Brasileira

Resumo

Baseado na análise de conteúdo e de contexto histórico, este artigo apresenta um estudo comparativo sobre o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) com objetivo de discutir duas influentes interpretações que vêm marcando a área educacional brasileira. Tais interpretações são objeto da análise pelo fato de constarem de dois dos mais lidos livros dessa área, o de Otaíza Romanelli, História da Educação no Brasil,  e o de Dermeval Saviani, Escola e Democracia. Expressando entendimento diverso um do outro sobre o Manifesto, ambos já ultrapassaram 40 edições. A relação entre o passado, presente e futuro além dos pressupostos sobre a razão de a história ser continuamente reescrita, compõem o referencial teórico empregado no artigo. Esse método permitiu elucidar o ponto central da divergência entre os dois autores e chegar às razões da contínua reinterpretação do Manifesto dos Pioneiros ao longo dos seus noventa anos de existência.

Biografia do Autor

Marisa Bittar, UFSCar

É Professora Titular de História, Política e Filosofia da Educação (UFSCar) e Doutora em História Social (USP, 1997). Realizou Pós-Doutorado em História da Educação no Instituto de Educação, University of London (UCL, 2011-2012). Desde 2008, é pesquisadora do CNPq em História da Educação. Com Lajos Somogyvári (Hungria) e Thérèse Hamel (Canadá), coordena o Grupo de Trabalho “Observatory for the History of Education”- International Standing Conference for the History of Education (ISCHE). Recebeu o Prêmio CAPES 2008 pela melhor tese orientada em Educação. Em 2021, em parceria com Amarilio Ferreira Jr., publicou o livro A Educação Soviética (EdUFSCar), o primeiro em língua portuguesa sobre o tema.

Downloads

Publicado

2023-09-19

Edição

Seção

Artigos