Educar doutrinando: a mobilização da Igreja pela educação e escola católica após a Proclamação da República (1889-1916)

Autores

  • Paulo Fernando Diel Professor e pesquisador de história da Educação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2024.281.06

Palavras-chave:

Igreja Católica, Educação, Escola.

Resumo

No Brasil, após a Proclamação da República, a educação e a escola foram palco de disputas que envolveram diferentes correntes ideológicas e filosóficas. Para a Igreja Católica não foi diferente, ela mobilizou o episcopado, o clero, as famílias e os católicos no combate ao ensino leigo e na organização das escolas católicas. Tratou-se de um projeto conservador de educação, amparado na política ultramontana e pelos interesses das oligarquias, que pretendiam modernizar a economia brasileira, sem abrir mão do tradicionalismo. O objetivo deste artigo é, portanto, descrever o discurso e a mobilização da Igreja Católica na promoção da escola e da educação católica nos primeiros decênios após a proclamação da República. Para a Igreja, a educação e a escola católica atenderam a interesses políticos e ideológicos com o objetivo de recristianizar a sociedade, a fim de restaurar o poder e a autoridade da Igreja frente ao Estado e à sociedade brasileira e, consequentemente, a educação foi muito doutrinal e pouco científica. Para este estudo foi utilizado como base documental as cartas pastorais elaboradas pelos bispos brasileiros.

Biografia do Autor

Paulo Fernando Diel, Professor e pesquisador de história da Educação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Licenciado em filosofia e estudos sociais. Doutor em Teologia pela Johannes Gutemberg universität da Alemanha. Professor deo história da educação na Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR. Membro do gupo de pesquisa GREPE. Membro do Conselho de Ética em Pesquisa com Seres Humanos.

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Publicado

2024-01-17

Edição

Seção

Artigos