Gestão das (próprias) carreiras: o governamento do humano como capital

Authors

  • Maurício dos Santos Ferreira Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS/ Curso de Licenciatura em Pedagogia/ PPG em Educação
  • Clarice Salete Traversini Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS/ PPG em Educação

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2020.241.49

Abstract

O objetivo é problematizar os discursos que circularam no jornal Zero Hora entre 2008-2019 em torno da noção de gestão de carreira. Para tanto, retomamos nossa pesquisa concluída há dez anos e buscamos atualizá-la por meio da análise do material empírico recente. A análise foucaultiana de discurso serviu-nos de ferramenta teórico-metodológica. Dialogamos, também, com Lazzarato e Sennett acerca do mundo do trabalho. Destacamos algumas recorrências: a) a “racionalidade interna” do sujeito torna-se o ponto de partida para o planejamento da carreira, pois as aptidões figuram como capital; b) o network torna-se um investimento, um empreendimento, a ser requerido pelas atividades laborais. Em síntese, a “relação educação-trabalho” está menos focada na conquista de um “emprego para toda a vida” e mais orientada à constituição de um trabalhador flexível, competitivo e vulnerável.

Author Biographies

Maurício dos Santos Ferreira, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS/ Curso de Licenciatura em Pedagogia/ PPG em Educação

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (2015), professor e coordenador do curso de Licenciatura em Pedagogia da UNISINOS, professor do Programa de Pós-graduação em Educação da UNISINOS.

Clarice Salete Traversini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS/ PPG em Educação

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (2003), professora do Programa de Pós-graduação em Educação da UFRGS.

Published

2020-12-20

Issue

Section

Articles