“Pode deixar rasgar?” Relação e subjetividade no cotidiano com bebês e livros na creche

Authors

  • Nazareth Salutto UFF

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2020.241.18598

Abstract

O que fazem os bebês com os livros? Que elementos desse artefato da cultura instigam o bebê a manuseá-lo, conhecê-lo? Quais podem ser modos possíveis de, no contexto da creche, acolher, compreender, ser cúmplice interessado das interações dos bebês com os livros? Essas e outras indagações permeiam as reflexões do presente artigo. O texto assume o bebê como pessoa (BUBER, 2003) e a dimensão subjetiva de sua constituição (WINNICOTT, 1990, 2012, 2014) no complexo processo de imersão na cultura. As análises e resultados da pesquisa revelam que bebês são pessoas de relação, que se engajam com tenacidade em suas descobertas. No encontro com os livros, a partir de intensa dinâmica que envolve corpo, gestos, ritmo, voz, subvertendo orientações pré-estabelecidas como sentar em roda para escutar história, têm interesses e projetos próprios que revelam caminhos para pertencer e participar das situações propostas no cotidiano da creche.

Published

2020-09-21

Issue

Section

Dossiê - Educação Infantil: em questão as crianças entre 0 e 3 anos e a creche