De sonhos e insurreições: fragmentos de um discurso (esperançoso) sobre a ocupação de uma escola pública em Petrópolis/RJ.

Authors

  • Debora Breder Professora Adjunta da Universidade Católica de Petrópolis/RJ.
  • Maria Paula Eppinghaus de Figueiredo Universidade Católica de Petrópolis

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2019.233.17280

Abstract

Este artigo apresenta resultados parciais de pesquisa realizada no decorrer de 2017 em uma escola pública de Petrópolis/RJ, que havia sido ocupada no ano anterior. A partir da observação participante e de entrevistas com estudantes que participaram da ocupação, procuramos compreender os sentidos atribuídos por esses jovens, retrospectivamente, ao movimento. A seguir, partindo do princípio de que todo filme, seja ficção ou documentário, constitui uma mise-en-scène social e simbólica do mundo, fizemos um contraponto entre os relatos que nos foram confiados na escola e os apresentados no documentário Nunca me sonharam (2017), de Cacau Rhoden, feito com jovens do Ensino Médio em várias regiões do Brasil. Nosso objetivo foi analisar, em uma perspectiva comparativa, essa multiplicidade de vozes que compõem, a nosso ver, fragmentos de um discurso esperançoso sobre a escola pública, em suas tensões, limites e utopia.


Author Biographies

Debora Breder, Professora Adjunta da Universidade Católica de Petrópolis/RJ.

Possui graduação em Comunicação Social, habilitação Cinema, pela Universidade Federal Fluminense (2000); mestrado e doutorado em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (2003/2008), com estágio doutoral na École des Hautes Études en Sciences Sociales (2006). Formada em Cinema pela Escuela Internacional de Cine,Televisión y Video de San António de Los Baños, Cuba (1992). Trabalhou em curtas e médias-metragens, exercendo diversas funções. Foi Professora Visitante junto ao Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais, onde realizou pós-doutorado, e atualmente é Professora Adjunta da Universidade Católica de Petrópolis, integrando o Programa de Pós Graduação em Educação. É pesquisadora do Grupo de Reconhecimento de Universos Audiovisuais (GRUA/UFRRJ); do Grupo de Análises de Políticas e Poéticas Audiovisuais (GRAPPA/UERJ); e do Grupo de Estudos em Educação, Cultura e Contemporaneidade (GRECCA/UCP). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia do Cinema, Relações de Gênero, Educação e Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, corpo, gênero, sexualidade, educação, identidade.

Maria Paula Eppinghaus de Figueiredo, Universidade Católica de Petrópolis

Mestre em Educação pela Universidade Católica de Petrópolis. Pesquisadora do Grupo de Estudos em Educação, Cultura e Contemporaneidade (GRECCA/UCP)

Published

2019-08-06