“A gente senta e vai escrever”: apropriação de práticas de letramento e da cultura escrita no desenvolvimento de Projetos Sociais Xakriabá

Autores

  • Augusta Aparecida Neves de Mendonça Rede Municipal de Belo Horizonte
  • Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2020.241.17512

Resumo

Este artigo analisa processos de apropriação de práticas de letramento e da cultura escrita, por indígenas Xakriabá, na elaboração de projetos sociais a serem submetidos a editais para desenvolvimento nas aldeias. Tais processos são compreendidos como parte do movimento de indigenização dos projetos sociais, à medida que se reconhece a disposição dos Xakriabá de incorporarem essas práticas ao seu próprio sistema de mundo.  Operando na relação dos Xakriabá com a cultura escrita pela interpenetração de oralidade e escrita, a apropriação forja uma escrita participativa que compõe o movimento de indigenização dos projetos. De uma escrita mais dependente dos parceiros externos, os sujeitos passam à confiança nos professores indígenas, e, enfim, eles mesmos se servem da escrita, assumindo a redação, com seus mistérios, rituais, restrições e possibilidades: “a gente senta e vai escrever”.

Palavras-chave: Povo Indígena Xakriabá; Apropriação de práticas de letramento; Indigenização de projetos sociais.

 

Biografia do Autor

Augusta Aparecida Neves de Mendonça, Rede Municipal de Belo Horizonte

Doutora em Educação pela UFMG - Belo Horizonte/MG

Professora da Rede Municipal de Belo Horizonte

Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Educação pela UNICAMP – Campinas/SP

Professora Titular da Faculdade de Educação da UFMG – Belo Horizonte/MG

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Publicado

2020-09-21

Edição

Seção

Artigos