Tempos e infâncias entrelaçados no cotidiano escolar
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2011.153.755Resumo
O artigo discute o olhar sobre o tempo de crianças de uma escola de educação infantil em tempo integral. Do ponto de vista teórico, apoia-se em reflexões sobre o tempo apresentadas por Bergson, Kohan, Prigogine e Stengers; sobre as infâncias, por Kohan e Larrosa; sobre o tempo escolar, por Barbosa e Sanches; e sobre a discussão de Gallo e Lins a respeito de outras possibilidades de experenciar os tempos na escola. A parte empírica da pesquisa foi realizada mediante um diálogo com as crianças, tendo por base a história do livro Armando e o tempo, de Mônica Guttmann, a partir da qual fizeram um desenho. Os indícios nos/dos desenhos foram discutidos, tendo como referência o Paradigma Indiciário de Carlo Ginzburg, na intenção de decifrá-los e compreendê-los através das pistas, observando seus significados. Ao decifrar tais pistas, o estudo mostrou que os dois tempos – cronológico e aiónico – estavam presentes em seus cotidianos: o tempo cronológico representado pelo relógio, e o aiónico pela imaginação. Essa constatação possibilita que se pense nas/com as escolas outras infâncias e outros tempos, para além da cronologia, que abranjam a dimensão da experiência do tempo Aión, que expressa a intensidade do tempo da vida humana.
Palavras-chave: tempo, infância, escola.
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