A flexibilização curricular do (novo) Ensino Médio e os modos de ser docente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2024.281.02

Palavras-chave:

Ensino Médio, Flexibilização, Michel Foucault

Resumo

O artigo tem o propósito de analisar efeitos que a flexibilização curricular, proposta pela reforma do (novo) Ensino Médio (EM), produziu nas docências de educadores que atuavam nesta etapa da Educação Básica, em 2020. A parte empírica foi desenvolvida em uma escola pertencente à Rede Sesi. As teorizações que sustentam a investigação advêm do pensamento de Michel Foucault. O material examinado é formado por questionários e entrevistas realizadas com docentes do EM. A estratégia usada para operar sobre o material foi a análise do discurso foucaultiana. O exame mostrou que a implementação do (novo) EM mobilizou uma docência “donjuanesca” em que, ao maleabilizar práticas, tornando-as mais “livres” e menos rígidas, aumenta e estende as demandas de trabalho e as horas de planejamento. Assim, o educador, ao aderir a práticas que possam atrair, movimenta os desejos individuais, uma vez que, atrelada à ideia de sedução, está a perspectiva de mais liberdade e também de mais individualismo.   

Biografia do Autor

Camila Silva Fabis, Rede Marista

Licenciada em Pedagogia, Mestre em Educação (PUC-RS) e Doutora em Educação (UFRGS). Atua como Assessora Educacional de Anos Finais e Ensino Médio da Rede Marista. 

Fernanda Wanderer, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

É doutora (2007) e mestre (2001) em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação matemática, etnomatemática, cultura, currículo, docência no Ensino Superior, planejamento e avaliação.

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Publicado

2024-01-17

Edição

Seção

Artigos