População ribeirinha no Amazonas e a desigualdade no acesso à saúde

Autores

  • Isabela Moreira Domingos Pontifica Universidade Católica do Paraná
  • Rubén Miranda Gonçalves Universidad de Santiago de Compostela, España

DOI:

https://doi.org/10.4013/rechtd.2019.111.06

Resumo

Este artigo objetiva analisar as dificuldades da população ribeirinha no Estado do Amazonas quanto ao acesso à saúde e demais problemas ocasionados pela ineficiência de saneamento básico na região. O método desenvolvido foi o hipotético-dedutivo que busca construir ou reafirmar hipóteses e conjecturas sob a análise do autor Amartya Sen, reconhecendo fatos e selecionando fatores pertinentes para demonstrar a importância do desenvolvimento humano dos povos tradicionais para o alcance de uma vida digna, principalmente, em regiões mais afastadas ou de difícil acesso. Também foi utilizada a análise bibliográfica, jurisprudencial e a consulta de reportagens sobre a região Amazônica. A aplicação dessa temática possibilita os estudos de desenvolvimento regional e de repensar as políticas públicas de acesso à saúde como redução da desigualdade social e o controle de doenças epidemiológicas.

Biografia do Autor

Isabela Moreira Domingos, Pontifica Universidade Católica do Paraná

Mestranda em Direito Econômico na Pontifica Universidade Católica do Paraná  (PUCPR). Integrante dos Grupos de pesquisa “Observatório de social da saúde (UNICURITIBA/CNPQ)” e “Tributação e Desigualdade (PUCPR/CNPQ)”. Membro do TAXPUC. e-mail: isabela.mdomingos@gmail.com

Rubén Miranda Gonçalves, Universidad de Santiago de Compostela, España

Doutorando em Direito, Mestre em Direito e Licenciado em Direito, com Grau pela Universidade de Santiago de Compostela. Professor no Mestrado em Seguridad, Paz y Conflictos Internacionales e professor no Mestrado de Advocacia da Universidade Europea de Madrid. Vice-presidente do Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos. Ruben.miranda@usc.es

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Publicado

2019-06-19

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Artigos