Os novos donos do saber jurídico: a disputa pela ocupação dos espaços de produção de sentido do Direito no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4013/rechtd.2018.102.08Resumo
Esta pesquisa objetiva discutir, a partir de dados empíricos sobre as organizações jurídicas brasileiras, as relações de poder entre magistratura, advocacia pública, advocacia privada e academia, partindo de uma relação entre a noção de campo simbólico de Pierre Bourdieu e o conceito de episteme de Michel Foucault. Utilizam-se dados coletados em sites jurídicos de massa, cujas publicações de ensaios, artigos e opiniões possibilitam uma análise sobre os diferentes tipos de discurso e as diferentes formas de apropriação dos saberes jurídicos. As informações levantadas permitem inferir que a advocacia perdeu a influência política que teve no século XX porque outros atores jurídicos conquistaram os espaços de produção de sentido do direito, em especial a magistratura. Entretanto há novos movimentos de resistência se desenhando sobre o campo jurídico. As advocacias públicas e a academia, de modos bastante diferentes, têm apresentado discursos políticos de oposição ao protagonismo jurisdicional da magistratura na produção do direito.
Palavras-chave: advocacia, academia, magistratura, discurso político, campo jurídico.
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