A vitória tardia de Hermógenes: a instrumentalidade da universalidade dos direitos humanos
DOI:
https://doi.org/10.4013/rechtd.2019.112.07Abstract
O presente trabalho parte da hipótese de que o debate sobre a Universalidade dos Direitos Humanos é, inexoravelmente, um debate linguístico sobre as convenções que devem (ou não) ser usadas como categorias modais de seus elementos operativos. O objetivo geral é a tentativa de confirmação da hipótese supra. Especificamente pretendemos demonstrar que: a) a construção da ideia de universalidade pode ser compreendida numa perspectiva histórica; b) ela depende de fatores externos às questões meramente jurídicas e; c) depende de um consenso mínimo para operacionalização das instituições que devem garantir determinados direitos humanos. Para tanto, pretende-se realizar uma análise bibliográfica de dados produzidos com análise exploratória de autores referência como Immanuel Wallerstein, Bartolomé Clavero, José Claudio Monteiro de Brito Filho e, em especial, a perspectiva de Jack Donnelly sobre uma Relativa Universalidade dos Direitos Humanos com ênfase na proposta de um consenso sobreposto.
References
BRITO FILHO, J. C. M. de. 2013. A Universalidade como Característica Natural dos Direitos Humanos. Revista Ensinagem, 2(2):11-31.
CLAVERO, B. 2017. Constitucionalismo Global: Por uma história verossímil dos direitos humanos. Tradução de W. Rocha Fernandes Assis. Goiânia, Editora Palavrear.
DONNELLY, J. 2007. The relative universality of human rights. Human Rights Quarterly, 29(2):281-306.
_____. 2008. Human Rights: Both Universal and Relative (A reply to Michael Goodhart). Human Rights Quarterly, 30(1):194-204.
DUSSEL, E. 1992. 1492. El encubrimiento Del otro: Hacia el origen Del mito de la modernidad. Madrid, Nueva Utopía.
FINNIS, J. 2011. Natural Law and Natural Rights. Collected Essays Second Edition. Oxford, Oxford University Press.
GOODHART, M. 2008. Neither Relative nor Universal: a response to Donnelly. Human Rights Quartely, 30(1):183-193.
HEIDEGGER, M. 2005. Ser e Tempo. Parte I. Tradução de Márcia Sá Cavalcante Schuback. 15a ed. Petrópolis, Editora Vozes.
KHUN, T. 2016. The Nature of Human Rights: Both Universal and Relative or neither Universal nor Relative. International Journal of Humanities and Social Invention, 5(4):36-39.
PIQUÉ, J. F. 1996. Linguagem e Realidade: Uma Análise do Crátilo de Platão. Revista Letras, 46:171-182.
PLATÃO. 2001. Crátilo. Lisboa, Instituto Piaget.
MATOS, S. M. de. 2013. Uma Agenda para a Teoria dos Conceitos no Direito. Revista Amazônia em Foco, 2(3):139-150.
MONTENEGRO, M. A. de P. 2007. Linguagem e Conhecimento no Crátilo. Revista Kriterion, 48(116):367-377.
MOREIRA, F. de S. 2013. Linguagem e Verdade: A relação entre Schopenhauer e Nietzsche em Sobre verdade e mentira no sentido extramoral. Cadernos Nietzsche, 33:273-300.
NEVES, M. 2005. A força Simbólica dos Direitos Humanos. Revista Eletrônica de Direito do Estado, 4:1-35. Disponível em: <http://www.direitodoestado.com.br/codrevista.asp?cod=63> Acesso em: Jan/2017.
RAWLS, J. 1987. The Idea of an Overlapping Consensus. Oxford Journal of Legal Studies, 7(1):1-25.
REYES, M. V. 2016. Niños y Niñas Indígenas en la jurisprudência de la corte interamericana de Derechos Humanos. Revista de Derecho. Universidad Católica Del Norte, 23(2): 211-240. Disponível em: <http://revistaderecho.ucn.cl/index.php/rducn/article/view/556/555> Acesso em: Jam/2017
SANTOS, B. de S. 1988. O Discurso e o Poder: Ensaio sobre a sociologia da retórica jurídica. Porto Alegre, Sérgio Antônio Fabris Editor.
WALLERSTEIN, I. 2007. O universalismo europeu. São Paulo, Boitempo.
Downloads
Published
Issue
Section
License
I grant the journal RECHTD the first publication of my article, licensed under Creative Commons Attribution license (which allows sharing of work, recognition of authorship and initial publication in this journal).
I confirm that my article is not being submitted to another publication and has not been published in its entirely on another journal. I take full responsibility for its originality and I will also claim responsibility for charges from claims by third parties concerning the authorship of the article.
I also agree that the manuscript will be submitted according to the journal’s publication rules described above.