Cortando a própria carne: a censura teatral e a legitimação dos regimes políticos

Autores

  • Eliza Bachega Casadei Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

Resumo

O presente artigo busca avaliar como as relações entre o Estado e as formas populares de arte se estabeleciam e se reconfiguravam através da censura teatral. Para isso, escolhemos analisar a peça O Retrato de Luciano, que passou pela censura do Departamento de Diversões Públicas do Estado de São Paulo em julho de 1959. Essa apresentação teatral nos parece paradigmática para demonstrar como se dava a busca pelo monopólio da violência simbólica legítima em um sistema de alianças policlassistas, inaugurado pela ascensão das massas urbanas à esfera pública, relevante a partir da década de 30.

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