Da ascensão e queda dos radioquadrinhos à retomada dos quadrinhos em áudio no contexto digital
uma perspectiva histórica
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2025.271.08Resumo
O artigo analisa a trajetória histórica dos quadrinhos sonoros, desde os radioquadrinhos das décadas de 1920 a 1950 até os contemporâneos audioquadrinhos digitais. Inicialmente, investigamos como as tiras cômicas foram adaptadas para o rádio, constituindo experiências de escuta dramatizada com forte apelo afetivo e comercial. O declínio do formato é atribuído à ascensão da televisão, à autonomia editorial dos quadrinhos impressos e às pressões morais do pós-guerra. No século XXI, com a popularização dos podcasts e das plataformas digitais, observamos o ressurgimento de narrativas exclusivamente sonoras inspiradas nos quadrinhos, agora desvinculadas da lógica tradicional da radiodifusão. A partir desta contextualização, o estudo propõe uma tipologia inicial dos audioquadrinhos, dividindo-os em três categorias: adaptações diretas de quadrinhos, novelizações dramatizadas e criações sonoras originais. Por fim, discutimos se os audioquadrinhos se consolidarão como linguagem narrativa de massa, como no passado, ou se permanecerão restritos a um nicho no ecossistema da cibercultura. Com base na teoria da Cauda Longa (Anderson, 2006), sugerimos que a sustentabilidade do formato depende da convergência entre inovação estética, acesso às plataformas e engajamento de público.
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