Binge-Watching de Séries:

quando o guilty pleasure vira padrão de consumo

Authors

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2021.233.03

Abstract

O binge-watching — ato de assistir múltiplos episódios de uma produção midiática em sequência — é uma prática que altera a lógica de temporalidade das séries, antes presa ao fluxo preestabelecido pela TV. Neste artigo, tomamos como base uma pesquisa survey (=2000) e entrevistas em profundidade realizadas com oito fãs brasileiros de séries com o objetivo de analisar as perspectivas do fandom sobre essa prática, também conhecida como maratona. Os resultados mostram que, por mais que o termo binge-watching carregue uma conotação negativa de compulsividade, o comportamento ganhou ampla adesão entre fãs, se tornando a forma preferida de consumir conteúdos seriados. Exploraremos as possíveis motivações para isso, além das perspectivas contrárias e favoráveis à prática de maratonas.

Author Biographies

Rebeca da Silva Nascimento, Programa de Pós-Graduação em Comunicação - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Rebeca Nascimento é Mestre em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2020). Graduada em Comunicação Social, com ênfase em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida (2016).

Fátima Cristina Regis Martins Oliveira, Programa de Pós-Graduação em Comunicação - UERJ / Professora Associada da Faculdade de Comunicação Social da UERJ

Fátima Regis é Professora e Pesquisadora da Faculdade de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UERJ. É doutora em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ e tem Pós-doutorado pela University of Wisconsin, Milwaukee e pela University of California, San Diego. É Pesquisadora do CNPq e bolsista do Programa de Produtividade em Pesquisa Prociência - UERJ/FAPERJ. Coordena o Grupo de Pesquisa Comunicação, Lúdico e Cognição (CiberCog – Diretório CNPq) e a Unidade de Desenvolvimento Tecnológico "Laboratório de Mídias Digitais", ambos do PPGCom-UERJ. Escreveu o livro “Nós, ciborgues: tecnologias da informação e subjetividade homem-máquina (Champagnat, 2012) e organizou a coletânea “Tecnologias da Comunicação e Cognição” (Sulina, 2012).

Published

2021-12-16