Quando os cadáveres falam o silêncio da educação: derivas errantes para retraçar os deslocamentos críticos de Michel Foucault

Autores

  • Alexandre Simão de Freitas
  • Adalgisa Leão Ferreira UFPE

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2023.271.37%20

Palavras-chave:

analítica da finitude, semiologia dos corpos, covid-19

Resumo

Em que pese a centralidade das estratégias biopolíticas e sua articulação aos processos de domesticação dos corpos no âmbito das pesquisas, temos como hipótese especulativa o fato de que a clínica permaneceu, nos estudos foucaultianos, uma noção enigmática. Forclusão que indicaria o apego do campo da Filosofia da Educação à analítica da finitude como signo do antropocentrismo que ainda alimenta sonhos de emancipação pastoral no mundo da educação. Ao materializar a hipótese, destacamos a análise foucaultiana da morte como indício de uma nova política da verdade, na qual a pandemia da Covid-19 recolocou a relação entre espaço/linguagem/morte e desvelou que as teorias críticas, no campo da educação, seguem aquém da experimentação da vida como agenciamento e relação. Ao revisitar a obra, talvez, experienciar uma relação menos hermenêutica com o pensamento de Foucault e retomar, desde uma outra semiologia dos corpos, as forças que se apoderam dos fenômenos em suas relações de exterioridade.

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Publicado

2023-11-13

Edição

Seção

Dossiê: Vidas (im)possíveis entre o clínico e o pedagógico