Novas tentativas de controle moral da educação: conflitos sobre gênero e sexualidade no currículo e na formação docente
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2018.221.14795Resumo
A sociedade brasileira tem vivenciado um intenso embate hegemônico sobre as concepções de gênero e sexualidade articuladas nas políticas públicas de currículo e formação docente. Grupos políticos e religiosos conservadores têm desenvolvido um ataque agressivo ao que denominam “ideologia de gênero” na educação. A partir de uma análise dos processos de formação dos discursos pela igualdade de gênero e diversidade sexual nas políticas educacionais brasileiras ao longo das últimas décadas e da emergência de discursos reativos (neo)conservadores no contexto atual, o texto busca discutir as condições de (im) possibilidade desse confronto hegemônico. A análise é desenvolvida em diálogo com os debates pós-estruturalistas no campo da educação e, em especial, com a Teoria Política do Discurso de Laclau e Mouffe. O trabalho aponta que ambos os polos discursivos engajados no conflito atual são construções históricas contingentes e que o debate no campo da educação tem sido predominantemente realizado a partir do parâmetro comum das políticas de acomodação e gestão estratégicas das diferenças.
Palavras-chave: currículo, formação docente, gênero.
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