Relações de gênero, educação e imprensa: reflexões sobre o jornal O Albor em Laguna (1901-1930)

Autores

  • Fabricia Machado Fernandes Professora da Rede Pública Estadual.
  • Tania Mara Cruz Universidade do Sul de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2017.213.10973

Resumo

O artigo discute relações de gênero e educação, enfatizando a educação de meninas e o magistério em diálogo com a produção historiográfica e matérias de O Albor, no período de 1901 a 1930, disponíveis no Arquivo Público Municipal de Laguna (SC). Sob os referenciais de E.P. Thompson, a imprensa é analisada na intencionalidade dos grupos que representa, com suas contradições e fissuras, que, em seu dizer, ensina, propõe reflexões e difunde informações, e o faz também no que deixa de dizer, no que é silenciado. Nos onze excertos selecionados, os resultados apontaram para discrepâncias salariais entre os sexos, para a implantação da escola mista como um processo gradual, resultante de fatores financeiros estatais, potencializados pela luta das mulheres e pela formação sociocultural de professoras e eventuais professores, vinculada à ideia de vocação e dedicação amorosa. A normatização para uma feminilidade dócil e religiosa estava presente, principalmente dirigida à mulher branca, de setores médios e elites, ainda que abrisse espaço para a discussão da emancipação das mulheres sob a perspectiva do feminismo liberal.

Palavras-chave: educação feminina, imprensa, O Albor.

Biografia do Autor

Fabricia Machado Fernandes, Professora da Rede Pública Estadual.

Mestra em Educação pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2014), graduada em História em 2011 pelo Curso de História da Universidade do Sul de Santa Catarina, (UNISUL), Tubarão, Brasil.  Integra o Grupo de Pesquisa Educação, Infância e Gênero – GEDIG/UNISUL .

Tania Mara Cruz, Universidade do Sul de Santa Catarina

Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2004). Professora do Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Educação – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) Tubarão, Brasil. Integra o Grupo de Pesquisa Educação, Infância e Gênero – GEDIG/UNISUL - (Diretório de Pesquisa do CNPQ) do qual é líder, com ênfase em pesquisas sobre relações de gênero e étnico-raciais. tania.cruz@unisul.br

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Publicado

2017-12-30