O diálogo como modo de ser da experiência estética e da educação em Hans-Georg Gadamer
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2013.172.1763Resumo
Num contexto de crise paradigmática, em que não somente a ideia de verdade e os ideais educacionais entram em crise, a própria razão, concebida no racionalismo clássico como autossuficiente, é convidada a colocar-se na escuta do outro, situação em que a experiência estética, antes relegada a segundo plano, emerge como essa possibilidade de escuta. Assim, em um mundo marcado por inúmeros desafios, dentre eles o desafio da diversidade, da instrumentalização do mundo da vida pela racionalidade técnico/instrumental, a experiência assume tanto a conotação de experimento, gerando a ideia de total controle nos processos educativos, quanto à conotação de vivência, gerando a ideia de pura efemeridade, vale explorar a compreensão de experiência estética em Gadamer e o modo de ser desta. Esse filósofo (com profunda percepção dos limites da experiência científica, quanto aos limites da vivência bem como do significado da experiência estética neste contexto), aborda a experiência estética desde a dimensão ontológica da obra de arte. Evidencia que a experiência da arte, ao lado da experiência filosófica, constitui-se em uma alternativa capaz de fazer frente aos desmandos da razão instrumental, ao empobrecimento da experiência. Portanto, concebe a experiência estética, no âmbito da crítica à distinção estética, como diálogo, cuja estrutura pressupõe o jogo do perguntar e do responder no que cada um é convocado. Este artigo apresenta o diálogo como modo de ser da experiência estética e da educação como autoformação.
Palavras-chave: Gadamer, experiência estética, diálogo e formação.
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