Paulo Freire e os primeiros movimentos do conceito de liberdade

Autores

  • André Gustavo Ferreira da Silva PPGE/UFPE

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2012.162.1567

Resumo

Apresentar as primeiras formulações do conceito de liberdade em Freire é o objetivo geral deste estudo, que trata especificamente deste conceito nos textos por ele produzidos de 1967 a 1979. A metodologia utilizada é a hermenêutica da ideia de liberdade manifesta nos textos. Adota-se como referencial teórico o próprio conceito de liberdade do educador, que nesse período se movimenta entre uma origem personalista até uma proposição que dialoga com o marxismo. Observou-se como resultado que, inicialmente, sob a influência personalista, a liberdade será definida como o ligar-se ao Criador. Todavia, o exílio aproxima Freire do marxismo ocidental. Então, o credo cristão tradicional, a ligação direta indivíduo-criador é substituída pela ideia de que a ligação indivíduo-Criador tem que ser necessariamente mediatizada pelo coletivo dos homens. Assim sendo, o homem não se liberta apenas no seu retorno ao Criador. O homem se liberta em comunhão, mas não através da interação direta e tão somente com o Criador; sua libertação se dá na interação com o Criador via interação com os outros homens. Sugere-nos, dessa forma, que a verdadeira interação com o Criador não se dá numa religação individualizada, do tipo eu/divindade, mas na que se dá em comunhão, isto é, a religação do tipo nós/divindade. 

Palavras-chave: Paulo Freire, educação, liberdade.

Biografia do Autor

André Gustavo Ferreira da Silva, PPGE/UFPE

Professor na FIFICA, UFAL, UFPB

ATUAL: Departamento de Fundamentos sócio-Filosóficos da Educação da UFPE

Professor do Núcleo de Teoria e História da Educação do PPGE-UFPE

Vice-Presidente do Centro Paulo Freire

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Publicado

2012-02-25

Edição

Seção

Artigos