“Escrever explicando é mais difícil”: hipóteses de estudantes adultos sobre a produção de textos escritos

Autores

  • Fernanda Maurício Simões UFMG
  • Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca UFMG

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2012.161.940

Resumo

Este artigo discute modos como pessoas jovens e adultas estudantes da Educação Básica se apropriam das práticas de letramento escolares que demandam a produção de determinados gêneros textuais. Apoia-se, do ponto de vista teórico, em investigações que têm reiterado a necessidade de se considerar a dimensão sociocultural das práticas escolares para a compreensão dos processos de ensino e de aprendizagem da leitura e da escrita. Tais investigações mostram, ademais, que estudantes da EJA constroem modos de lidar com a língua que ora se aproximam, ora se distanciam das formas escolares. No âmbito do estudo aqui apresentado, as posições assumidas pelas estudantes participantes da pesquisa, em uma situação de produção de texto, permitiram-nos confrontar seus modos de se comunicar – que ocorrem, de forma privilegiada, por gêneros textuais orais informais produzidos cotidianamente – com os modos de comunicação escrita do contexto escolar – que, frequentemente, operam com situações hipotéticas e são vistos como regidos por princípios e procedimentos diferentes e distantes das práticas orais. O trabalho investigativo mostrou que o conhecimento das práticas de letramento de estudantes e de suas relações com as práticas escolares auxilia o professor a compreender o ensino da leitura e da escrita em sua dimensão sociocultural e a dialogar melhor com os processos de aprender que os educandos vivenciam. 

Palavras-chave: letramento, apropriação, Educação de Jovens e Adultos.

Biografia do Autor

Fernanda Maurício Simões, UFMG

Mestre em Educação pela FAE/UFMG

Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca, UFMG

Departamento de Métodos e Técnica de Ensino da Universidade Federal da de Minas Gerais

Área Educação 

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Publicado

2012-02-25

Edição

Seção

Artigos