As posições que o cinema toma na escola: uma questão de tecnologia escolar, suspensão e profanação
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2024.281.20Palavras-chave:
Educação, Imagens, ExperiênciaResumo
Em 2014, a Lei 13.006 tornou obrigatória a exibição de filmes do cinema nacional nas escolas brasileiras, como componente curricular complementar. A exibição, de pelo menos duas horas mensais de filmes brasileiros, abriu a discussão de como (e se) o cinema está sendo utilizado no espaço escolar. Em 2016, pesquisadores da Rede Internacional de Pesquisa Imagens, Geografias e Educação realizaram uma pesquisa nos polos da Rede (Brasil, Argentina e Colômbia) para investigar de que forma os professores de Geografia estavam utilizando das imagens do cinema em sala de aula. Assim, com base em parte dos dados derivados desta pesquisa, o presente artigo propõe-se a discutir e analisar qual posição o cinema toma ao adentrar a tão imperante gramática escolar, bem como quais experiências são possíveis a partir do encontro entre escola e cinema. Para tanto, elegemos do questionário de pesquisa a questão “Escreva uma frase sobre as relações entre escola e cinema”. As respostas dos mais de 130 professores de geografia brasileiros foram organizadas e exploradas à luz dos termos tecnologia escolar, suspensão e profanação, explicitados na obra Em Defesa da Escola, de Jan Masschelein e Maarten Simons (2015). Os resultados da investigação apontaram uma instrumentalização do cinema quando submetido à gramática escolar, desencadeando pontos de reflexão consoante este efeito, tais como a possibilidade de experiência coletiva com as imagens do cinema e o despertar do interesse com a experiência cinematográfica, considerando o encontro da escola e cinema como ponto de partida.
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