Histórico de violência e Transtornos de Estresse Extremo Não-Especificados (DESNOS) em mulheres
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2019.122.14Resumo
Ser vítima de diferentes formas de violência durante a vida pode estar associado ao comprometimento da saúde mental. Desta forma, o presente estudo objetiva: a) Verificar a presença e a frequência de maus-tratos na infância em mulheres que sofreram violência perpetrada pelo parceiro íntimo; b) Avaliar a presença de sintomas e diagnóstico de Transtornos de Estresse Extremo Não-Especificado (DESNOS); c) Investigar a relação entre maus-tratos na infância, violência por parceiro íntimo e sintomas de DESNOS; d) Verificar se mulheres que relataram maiores índices de exposição a maus-tratos na infância apresentam níveis mais altos de gravidade sintomatológica de DESNOS em comparação àquelas que afirmaram terem vivenciado menores índices de exposição. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, correlacional, comparativo e transversal. Participaram 52 mulheres com média de idade de 33,15 anos (DP = 9,97). Os instrumentos aplicados foram: a) Ficha de dados sociodemográficos; b) Questionário sobre Traumas na Infância (CTQ); c) Escala Tática de Conflito Revisada (CTS2); d) Entrevista Estruturada para Transtornos de Estresse Extremo (SIDES-R). Os resultados indicaram que todas as participantes foram vítimas de alguma forma de maus-tratos na infância. Foi possível identificar que 31% da amostra atendeu aos critérios diagnósticos para DESNOS. No entanto, nenhuma das dimensões do histórico de maus-tratos na infância e das agressões perpetradas pelo parceiro íntimo associaram-se à gravidade sintomatológica ou ao diagnóstico de DESNOS. Estudos futuros devem investigar as relações do histórico de violência vivenciadas pelas vítimas e o desenvolvimento de DESNOS.
Palavras-chave: maus-tratos na infância; violência contra a mulher; DESNOS.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo à revista Contextos Clínicos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista). Afirmo que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação, ainda não foi publicado na íntegra e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo. Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Contextos Clínicos acima explicitadas.