Clínica da cooperação: um caminho para a insurgência e a autonomia

Autores

  • Vanessa Ribeiro de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • João Batista Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2015.82.05

Resumo

O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a clínica da cooperação, estratégia de intervenção baseada no referencial teórico-prático da psicodinâmica do trabalho, que se propõe a mapear as relações entre saúde mental e trabalho. Trata-se de um artigo teórico-conceitual, embasado pela experiência dos autores na clínica da cooperação. Inicialmente, contextualiza- se o mundo do trabalho e a abordagem desse estudo. Em seguida, aborda-se o espaço de discussão e outras condições importantes para a realização dessa proposta de clínica. A clínica da cooperação é entendida como forma de potencializar os processos de mobilização dos trabalhadores, para que possibilitem experiências de autonomia e de transformação da organização do trabalho. Nessa perspectiva, busca-se apresentá-la como estratégia de intervenção micropolítica.

Palavras-chave: cooperação, trabalho, saúde mental.

Biografia do Autor

Vanessa Ribeiro de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Psicóloga, graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  . Cursando o último ano da Especialização Clínica em Gestalt-terapia, no Instituto Carioca de Gestalt-terapia (ICGT). Membro do  Grupo Trabalho Vivo da UFRJ - Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental e Trabalho. Experiência na área de Psicologia Clínica, Organizacional e do Trabalho. Atuou como pesquisadora em projetos de intervenção institucional inspirados na Análise Clínica do Trabalho e na Clínica da Cooperação.

João Batista Ferreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor Adjunto do Instituto de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduação em Psicologia (UFRGS). Mestrado em Psicologia (UnB). Doutorado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações (UnB). Pesquisador do grupo Psicodinâmica e Clínica do Trabalho do CNPq e da Associação Nacional de Pós-graduação em Psicologia (Anpepp). Coordenador do Núcleo Trabalho & Contemporaneidade (UFRJ) e do Grupo Trabalho Vivo - Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental e Trabalho. Pesquisador do Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho (UnB). Experiência na área de Psicologia Clínica e do Trabalho. Pesquisa a articulação entre arte, trabalho e ações coletivas; com ênfase na situação de trabalho, vivências de prazer-sofrimento no trabalho, estratégias de mediação do sofrimento, trabalho de criação e fazer artístico como experiência do trabalho vivo, patologias e adoecimento psíquico, violência psicológica, assédio moral e servidão voluntária, clínica psicodinâmica do trabalho e suas interfaces interdisciplinares, ações coletivas de mobilização e transformação, e processos de subjetivação. Autor dos livros O doce vermelho das beterrabas (contos, 2006), e dos ensaios Perdi um jeito de sorrir que eu tinha: violência psicológica, assédio moral e servidão voluntária (2009) e Do poema nasce o poeta: trabalho, criação literária e subjetivação (2011). Artigos publicados nos livros: O sujeito no trabalho: entre a saúde e a patologia (2013), Dicionário crítico de gestão e psicodinâmica do trabalho (2013), Psicodinâmica e clínica do trabalho: temas interfaces e casos brasileiros (2011), Violência psicológica e assédio moral no trabalho: pesquisas brasileiras (2008), Diálogos em psicodinâmica do trabalho (2007).

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Publicado

2015-08-24

Edição

Seção

Artigos