Oralidade nas práticas translíngues: a construção do relato pessoal
DOI:
https://doi.org/10.4013/cld.2024.214.08Palavras-chave:
ensino de línguas, multilinguismo, translinguagemResumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa-ação realizada em uma escola pública brasileira situada em uma região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, com o objetivo de demonstrar como práticas translíngues e transculturais podem promover a diversidade linguística e cultural no ensino de língua portuguesa. Articulando reflexões sobre práticas pedagógicas voltadas para o ensino de gêneros orais e a promoção da diversidade nas práticas educativas regulares, o estudo investigou turmas de 7º ano do Ensino Fundamental II, adaptando o gênero textual "relato pessoal" para uma sequência didática. A metodologia envolveu a análise de momentos significativos em que os estudantes utilizaram a oralidade e a escrita como práticas complementares, contribuindo para o desenvolvimento de suas competências linguísticas e socioculturais. O referencial teórico inclui as concepções de letramento e ensino de gêneros orais (Marcuschi, 2001a,b), além das noções de translinguagem (García & Wei, 2014) e transculturalidade (Welsch, 1999), que fornecem uma base para argumentar que a integração dessas práticas nas aulas favorece o letramento pleno e a inclusão de diferentes línguas e culturas presentes na comunidade escolar. Os resultados demonstram que práticas translingues e transculturais facilitam a construção de identidades linguísticas e culturais diversas, além de enriquecer o processo de ensino-aprendizagem ao valorizar a pluralidade linguística e suas modalidades. Assim, o estudo reforça a importância da oralidade, até mesmo quando o produto final de uma sequência de atividades é um gênero escrito.
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