Práxis decolonial no cursinho popular Viva a Palavra: letramentos de reexistência

Autores/as

  • Gílian Gardia Magalhães Brito Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Antonio Oziêlton de Brito Sousa Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Claudiana Nogueira de Alencar Universidade Estadual do Ceará (UECE)

DOI:

https://doi.org/10.4013/cld.2023.212.06

Palabras clave:

Teacher training, Re-existence literacies, Decoloniality

Resumen

Objetivamos evidenciar como os processos de formação do Cursinho Popular Viva a Palavra se configuram como letramentos de reexistência, a partir de uma práxis decolonial, que visa desestabilizar discursos “cristalizados”, cujas práticas validadas socialmente são apenas as aprendidas em modelos de educação formal tradicional. Portanto, tomamos como base o que é proposto como letramento de reexistência (Souza, 2011) em diálogo com as epistemologias decoloniais de pensadores da América Latina (Grosfoguel, 2010; Quijano, 2005; Souza, 2011; Freire, 2013), que se voltam para as problemáticas cotidianas dos sujeitos marginalizados no mundo moderno capitalista. As ações do cursinho se configuram segundo a metodologia da cartografia, caracterizada por acompanhar processos. Assim, as práticas sociais desenvolvidas em Educação Popular e Aprendizagem Cooperativa corroboram para o processo de reexistência e produção de subjetividades de jovens da periferia, mostrando alternativas aos discursos hegemônicos e excludentes construídos sócio historicamente. 

Palavras-chave: Cursinho popular; Letramentos de reexistência; Decolonialidade.

Biografía del autor/a

Gílian Gardia Magalhães Brito, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Professora de Língua Portuguesa (SEDUC-CE); Mestra e Doutoranda em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada (PosLA-UECE), sob orientação da Profa. Dra. Claudiana Nogueira de Alencar; Especialista em Literatura e Formação do Leitor (UECE); Especialista em Coordenação Escolar - (UFC); Membro do Grupos de Pesquisa “Pragmática Cultural: Linguagem e Interdisciplinaridade" (PRAGMACULT), e do Grupo de Estudo “Gramática, significado e uso: Leitura e comentários das Investigações Filosóficas de Wittgenstein”, ambos da UECE; Membro colaboradora do Programa de Extensão Viva a Palavra (UECE); Membro da Comissão Organizadora e Pedagógica do Cursinho Popular Viva a Palavra (UECE).

Antonio Oziêlton de Brito Sousa, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Doutor em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará - UECE (2021), desenvolvendo pesquisas com foco nos Estudos Críticos, nos Letramentos, nos processos de formação e na relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão. Mestre em Educação e Ensino pelo Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino - MAIE/UECE (2015), realizando pesquisas na área Educação, Trabalho e Movimentos Sociais com ênfase na Didática, nos Letramentos, na Formação de Professores, nos Estudos Descoloniais e na Línguística Crítica. Especialista em Gestão Pública - UECE (2012). Especialista em Gestão Escolar pela Faculdade Kurios - FAK (2011). Graduado em Letras - Português/Literatura - UECE (2009). Habilitado em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA (2012). Professor efetivo da Secretaria da Educação do Estado do Ceará (SEDUC). Integra o Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Política, Gestão Educacional e Formação de Professores - GEPGE/UFC. É membro do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Pragmática (NIPRA) e integra o Grupo de Pesquisa Por uma Pragmática Cultural: Cartografias Descoloniais e Gramáticas Culturais em Jogos de Linguagem do Cotidiano (PRAGMA CULT) vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da UECE (PosLA). Participa do Programa de Extensão Viva a Palavra: circuitos de linguagem, paz e resistência da juventude negra na periferia de Fortaleza. Pesquisador do Centro de Excelência em Políticas Educacionais (CEnPE) ? UFC. Bolsista do Programa Brasil na Escola ? MEC. Elaborador de material didático ? MEC/SEDUC. Integrou o Projeto de Extensão Escola da Terra na UFC. Foi Consultor Educacional da Secretaria da Educação do Estado do Ceará na área de Língua Portuguesa. Vencedor do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Prestou consultoria e assessoria à Revista Nova Escola. Foi Professor, Pesquisador e Formador do Programa Projovem Campo Saberes da Terra na Universidade Regional do Cariri - URCA. Foi Professor, Pesquisador e Formador da Ação Escola da Terra - UFC/MEC. Exerceu as funções de Formador de Língua Portuguesa e de Subcoordenador de Ensino e Aprendizagem na Secretaria da Educação de Ocara. Ministra palestras nas áreas da Linguística e da Educação. É professor da Educação Básica há 15 anos. Professor da Educação Superior no Instituto Dom José de Educação - IDJ, vinculado à UVA. Atou como professor da educação superior na UECE, UVA e URCA. Possui experiência nas áreas de Linguística e Educação, com ênfase em Letramentos, Formação de Professores e Gestores, Didática, Metodologias Ativas, Tecnologias Digitais, Linguística Aplicada, Educação do/no Campo, Movimentos Sociais, Educação de Jovens e Adultos, Alfabetização, Educação Popular.

Claudiana Nogueira de Alencar, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Professora da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e coordenadora do Programa Viva a Palavra: circuitos de linguagem, paz e resistência da juventude negra da periferia de Fortaleza. Doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com Pós-Doutorado em Semântica/Pragmática também pela Unicamp, sua pesquisa-intervenção sobre o uso terapêutico e social da linguagem nas práticas culturais juvenis da periferia propõe uma troca de saberes entre universidade e movimentos culturais populares na luta contra o extermínio das juventudes pobres das grandes cidades. Publicou o livro "Linguagem e medo da morte: uma introdução à Linguística Integracionista" (2009) pela EdUECE; “Nova Pragmática: modos de fazer” (2014), organização em coautoria, pela Cortez e “Interstícios entre Linguagem e Cultura” organização em coautoria pela Mercado das Letras. Claudiana atuou também como pesquisadora visitante na Universidade de Oxford e na Universidade de Birmingham, no Reino Unido. Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da UECE (2010-2013), tendo coordenado o projeto e a implantação do primeiro Doutorado em Linguística Aplicada do Norte e Nordeste. Foi coordenadora do GT "Práticas Identitárias em Linguística Aplicada", da ANPOLL (2012- 2014); Pró-Reitora de Extensão da Universidade Estadual do Ceará (2014-2016) e  presidente da Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB) ( 2020-2022).

Publicado

2023-07-24

Cómo citar

Brito, G. G. M., Sousa, A. O. de B., & Alencar, C. N. de. (2023). Práxis decolonial no cursinho popular Viva a Palavra: letramentos de reexistência . Calidoscópio, 21(2), 322–339. https://doi.org/10.4013/cld.2023.212.06