A cidade insurgente: estratégias dos coletivos urbanos e vida pública

Autores

  • Carlos Henrique de Lima Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

DOI:

https://doi.org/10.4013/arq.2014.101.04

Resumo

O presente artigo aborda duas experiências que atualmente permeiam o espaço das cidades. A primeira está representada pelo muro como metáfora da segmentação crescente do tecido urbano, que tem como uma das consequências a criação de territórios autônomos na cidade. A segunda se configura a partir das mobilizações de coletivos urbanos que, por meio de intervenções críticas nos espaços livres públicos, confrontam seu agenciamento autoritário que tem como um dos resultados visíveis a própria subtração da vida pública nos espaços abertos. Essa crise de alteridade e de abandono dos espaços públicos abre espaço para o que alguns autores denominam de militarização urbana, caracterizada pelo combate permanente contra ameaças quase intangíveis e pelo investimento crescente em aparatos de segurança. Como contraponto a este cenário, a análise de ações recentes de coletivos urbanos (artistas e ativistas) pode lançar luz a temas sobre a sociabilidade no espaço público e o que podem trazer de positivo para a sociabilidade. Como pano de fundo, espera-se que a análise possa contribuir para construção de um aparato crítico no campo das disciplinas urbanas, capazes de apontar alternativas positivas em favor da vida nas cidades.

Palavras-chave: espaço público, coletivos urbanos, militarização urbana.

Biografia do Autor

Carlos Henrique de Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

Arquiteto e Urbanista pela Universidade de Brasília (2006). Mestre pela mesma instituição (PPG-FAU-UnB, 2008);

doutorando pelo PROURB-UFRJ.

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Publicado

2014-08-04

Como Citar

de Lima, C. H. (2014). A cidade insurgente: estratégias dos coletivos urbanos e vida pública. Arquitetura Revista, 10(1), 31–36. https://doi.org/10.4013/arq.2014.101.04

Edição

Seção

Artigos