POLÍTICA HABITACIONAL RURAL E MORADIA CAMPONESA NO MARANHÃO
DOI:
https://doi.org/10.4013/arq.2019.152.07Resumen
Este texto analisa as limitações e consequências de políticas públicas locais quando se utilizam de programas nacionais pensados a partir de outras realidades socioespaciais. Tal análise parte de pesquisa da recente política habitacional rural do Governo do Maranhão, que, inspirada no Plano Nacional de Habitação Rural (PNHR), integra o plano estadual de desenvolvimento de municípios com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH), buscando enfrentar o grave quadro das moradias precárias do Estado. Sob a ótica da divisão social do trabalho e da lei do desenvolvimento desigual e combinado, a primeira seção analisa os díspares resultados regionais do PNHR para, em seguida, contextualizar a realidade do camponês maranhense, que, vivendo à margem do sistema econômico, pratica o extrativismo e tem a moradia como forma de sobrevivência. Com base nas especificidades do deficit habitacional rural do estado e fundamentada em pesquisa nos povoados selecionados pelo programa, a terceira seção avalia os processos de produção e apropriação da moradia pelas famílias contempladas, constatando o não atendimento das metas físicas e sociais da proposta. Conclui que incompatível com os modos de vida e práticas tradicionais de autoconstrução, o programa contraria metas de desenvolvimento local e não contribui para a afirmação cultural de grupos sociais marginalizados, grande presença populacional no Estado.
Palavras Chave: Política habitacional rural; moradia camponesa; Maranhão/Brasil
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Concedo a Revista Arquiteturarevista o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Também me responsabilizo integralmente pelos direitos autorais de imagens, fotos e dados incluídos no trabalho submetido. Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo e de seus dados e imagens.
Me responsabilizo pela aprovação junto aos conselhos de ética específicos para cada fim, sempre que necessário.