“Então eu vim flagelada”: a imagem profana na circulação midiática

Autores

  • Alisson Machado Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Marlon Santa Maria Dias Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

DOI:

https://doi.org/10.4013/ver.2018.32.80.06

Resumo

Em junho de 2015, a atriz e modelo Viviany Beleboni realizou uma encenação da crucificação durante a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. A partir dessa situação empírica, o artigo busca refletir acerca da circulação midiática do corpo travesti por meio das reconfigurações divergentes dos estatutos de sacralidade e profanidade. Entendendo a imagem de Viviany crucificada como uma imagem incendiária, observamos como o acontecimento midiático organiza os processos de circulação da imagem originária e das imagens ofertadas pelos atores sociais. É possível observar duas dinâmicas distintas de interpretação: um demarca a possibilidade de “fazer existir o que existe”, que comunga com a mensagem da “Cristo-travesti”, e a outra busca por “fazer inexistir o que existe”, interditando as formas de reconhecimento da precariedade das vidas das travestis brasileiras e das populações LGBTs.

Palavras-chave: circulação, imagem, travesti.

Biografia do Autor

Alisson Machado, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutorando em Comunicação, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista da Capes. Mestre em Comunicação e Bacharel em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela mesma instituição.

Marlon Santa Maria Dias, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

Doutorando em Ciências da Comunicação, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Bolsista da Capes. Mestre em Comunicação e Bacharel em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Publicado

2018-08-27

Edição

Seção

Artigos