Marco ético-legal da publicidade infantil no Brasil e na Espanha: estudo comparativo

Autores

  • Ana Paula Bragaglia Universidade Federal Fluminense - UFF
  • Julia Santos Rodrigues Dias Universidade Federal Fluminense - UFF

DOI:

https://doi.org/10.4013/ver.2017.31.77.05

Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar um estudo comparativo entre Brasil e Espanha no que diz respeito a políticas públicas (regulamentação) e ao cenário de autorregulamentação (códigos de ética e outras frentes de atuação) direcionados à publicidade infantil, além de atualizar o debate em torno de um marco ético-legal mais adequado à defesa dos direitos da infância. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica em obras sobre sociologia da infância, psicologia infantil, ética publicitária e sociedade de consumo, pesquisa documental em códigos de ética, legislações e projetos de lei de ambos os países, além de entrevistas com dirigentes dos órgãos de autorregulamentação brasileiro (CONAR) e espanhol (AUTOCONTROL). Entre os principais resultados, observou-se, por exemplo, que o campo normativo espanhol sobre a publicidade infantil se aproxima mais de um cenário de corregulação, uma vez que as normatizações existentes preveem uma atuação mais sincronizada entre Estado e mercado em defesa dos direitos do consumidor, incluindo aqui a criança. Além disso, viu-se, com a Resolução 163/2014, do CONANDA, teoricamente, que o Brasil possui regulamentação mais sólida que a espanhola sobre a publicidade infantil, a despeito de suas diretrizes não estarem sendo devidamente seguidas. Por fim, entre outros dados, observou-se uma atuação mais incisiva do órgão autorregulamentador espanhol na fiscalização de infrações éticas em anúncios dirigidos ao público infantil, como mostra, por exemplo, o fato de numerosos anúncios serem julgados a cada ano antes mesmo de entrarem em circulação.

Palavras-chave: publicidade infantil, políticas públicas da comunicação, ética publicitária, infância, autorregulamentação publicitária.

Biografia do Autor

Ana Paula Bragaglia, Universidade Federal Fluminense - UFF

Professora do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense - Uff (IACS), nos cursos de graduação em Comunicação Social e pós-graduação (Stricto Sensu - Mestrado) em Mídia e Cotidiano (Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano - PPGMC). Pesquisadora de temáticas relacionadas à ética publicitária (incluindo a do marketing em geral), e a estudos críticos sobre consumo, comunicação de massa e indústria cultural. Doutora em Psicologia Social pela UERJ (2009). Realizou estágio de doutoramento pela PDEE/CAPES em Madri/Espanha (2008). Mestre em Comunicação Social pela UERJ (2004). Especialista em Marketing Empresarial pela UFPR (2001). Graduada em Comunicação - Publicidade & Propaganda pela UFPR (1998). Autora de dissertação e tese relacionadas à ética publicitária. Trabalhou em agências de publicidade como redatora, e em indústrias e hospitais como profissional de marketing e comunicação. Pesquisadora líder do grupo de pesquisa "ESC - Ética na Sociedade de Consumo" (Uff, link http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/5511076745730089), e membro do "Lapa - Laboratório de Pesquisas Aplicadas" (PPGMC/Uff). Atua como professora universitária na cidade do Rio de Janeiro desde 2002."


 

Julia Santos Rodrigues Dias, Universidade Federal Fluminense - UFF

Mestre em Mídia e Cotidiano pelo PPGMC/UFF, com a dissertação “Ge?nero na publicidade infantil: Estrate?gias de marketing e representac?o?es”. Graduada em Comunicação Social – Rádio e TV, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e integrante do grupo de pesquisas ESC - Ética na Sociedade de Consumo (UFF). Estuda temáticas relacionadas a gênero, ética publicitária, estereótipos e representações. Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4452217U2

Downloads

Publicado

2017-08-31

Edição

Seção

Artigos