Telejornalismo e sociedade: a construção de uma “cultura das drogas”
DOI:
https://doi.org/10.4013/ver.2015.29.72.02Resumo
Partindo de uma aproximação à dimensão antropológica da cultura, essa proposta visa aprofundar o complexo fenômeno do conjunto das drogas ilícitas – sua produção, circulação, consumo e tráfico – a partir de uma visada cultural que nos auxilie a captar e compreender tal temática para além do seu tratamento enquanto um tema policial e raramente como um fenômeno econômico, social e cultural altamente complexo. Adotar tal perspectiva nos ajuda a compreender porque esse fenômeno, relevante e presente em nossa realidade, é encarado e debatido de forma superficial ou restrita. Uma abordagem sob a ótica cultural envolve encarar sua ideologia, seus ícones, seus valores e sentidos construídos que alimentam uma verdadeira cultura em amplas camadas sociais. Nossa hipótese nos leva a indagar em que medida identificar e entender certas narrativas que relatam e problematizam esse fenômeno tem por fundamento uma “cultura da droga”, que privilegia os aspectos mencionados e negligencia tantos outros fundamentais para o alargamento da questão. Para tanto, propomos abordar tal problemática através da análise de um produto televisivo específico – “Crack” - uma série de reportagem veiculada no Jornal Nacional (TV Globo) em maio de 2013, a fi m de visualizar o quanto a cobertura do tema do consumo e demais aspectos reforçam a hipótese elaborada.
Palavras-chave: telejornalismo, série de reportagem, cultura das drogas.
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