Potências políticas nas imagens da pixação na rua e na galeria
DOI:
https://doi.org/10.4013/ver.2015.29.72.01Resumo
O presente trabalho propõe observar o processo de abertura de espaços conflituosos de relação entre a pixação e o mundo da arte a partir de seis eventos que envolveram pixadores paulistas, entre 2008 e 2012. A atenção se volta, a partir desse contexto, para as imagens produzidas pela pixação em diferentes momentos, buscando pelas relações que elas colocam em operação, as potências políticas que elas guardam. A noção de potência política está ancorada, principalmente, no pensamento de Jacques Rancière (2009, 2010a, 2010b, 2011, 2012), que a compreende como o potencial que uma imagem tem para desestabilizar a ordem do dizível e do visível, abrindo novas possibilidades de partilha do sensível. Para embasar tal consideração, são apresentados os três regimes da arte propostos por Rancière (ético, representativo e estético), dentre os quais o estético é o que guarda tal potência política. A seguir, são observadas três imagens de pixações de Djan Ivson, que assina o nome de seu grupo, “Cripta”, em três momentos: na rua; na Fundação Cartier, em Paris; e na Bienal de Berlim. Interessa ver como as relações de proibição, consentimento e subversão colocam em cena diferentes elementos, fazendo com que imagens formalmente semelhantes guardem potências bastante distintas.
Palavras-chave: pixação, imagem, potência política, regimes da arte.
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