Potências políticas nas imagens da pixação na rua e na galeria

Autores

  • Ana Karina de Carvalho Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ângela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.4013/ver.2015.29.72.01

Resumo

O presente trabalho propõe observar o processo de abertura de espaços conflituosos de relação entre a pixação e o mundo da arte a partir de seis eventos que envolveram pixadores paulistas, entre 2008 e 2012. A atenção se volta, a partir desse contexto, para as imagens produzidas pela pixação em diferentes momentos, buscando pelas relações que elas colocam em operação, as potências políticas que elas guardam. A noção de potência política está ancorada, principalmente, no pensamento de Jacques Rancière (2009, 2010a, 2010b, 2011, 2012), que a compreende como o potencial que uma imagem tem para desestabilizar a ordem do dizível e do visível, abrindo novas possibilidades de partilha do sensível. Para embasar tal consideração, são apresentados os três regimes da arte propostos por Rancière (ético, representativo e estético), dentre os quais o estético é o que guarda tal potência política. A seguir, são observadas três imagens de pixações de Djan Ivson, que assina o nome de seu grupo, “Cripta”, em três momentos: na rua; na Fundação Cartier, em Paris; e na Bienal de Berlim. Interessa ver como as relações de proibição, consentimento e subversão colocam em cena diferentes elementos, fazendo com que imagens formalmente semelhantes guardem potências bastante distintas.

Palavras-chave: pixação, imagem, potência política, regimes da arte.

Biografia do Autor

Ana Karina de Carvalho Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente doutoranda em Comunicação pelo mesmo Programa.

Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG.

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Publicado

2015-08-03

Edição

Seção

Dossiê: Imagens