Jornalismo e Cinema: encontro possível entre o jornalismo da revista Realidade e o modelo sociológico de documentário

Autores

  • Vaniucha de Moraes Universidade Federal de Santa Catarina
  • Jorge Kanehide Ijuim Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.4013/128

Resumo

Este artigo objetiva identificar as associações possíveis entre o jornalismo feito pela revista Realidade, no período de 1966 a 1968, e a produção documentarista brasileira vinculada ao Cinema Novo, classificada por Jean-Claude Bernardet como modelo sociológico. Neste estudo foram encontradas analogias temáticas e instrumentais entre as duas formas de expressão. O contexto sócio-histórico foi considerado fator relevante, uma vez que durante o período estudado houve acentuada contestação de valores e formas pré-estabelecidos. Os elementos que promovem o diálogo proposto são: (i) abordagem crítica de temas polêmicos e assuntos de interesse nacional; (ii) presença da voz autoral; e (iii) escolha de personagens que caracterizam assunto e/ou grupo social. O presente estudo procura destacar que o recurso da eleição de personagens para simbolizar os temas abordados era recorrente tanto na revista Realidade, por meio do gênero reportagem-conto, como nos documentários sociológicos, por meio de um dispositivo narrativo classificado por Bernardet como particular/geral.

Biografia do Autor

Vaniucha de Moraes, Universidade Federal de Santa Catarina

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás - UFG; mestranda em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Jorge Kanehide Ijuim, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor em Ciências da Comunicação/Jornalismo pela ECA/USP; professor do Programa de Mestrado em Jornalismo da UFSC

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Publicado

2018-05-18

Edição

Seção

Artigos