A economia política dos fluxos de capitais brasileiros pós-Plano Real

Autores

  • Divanildo Triches Universidade de Caxias do Sul
  • Soraia Santos da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

O presente estudo tem como objetivo investigar algumas questões associadas ao comportamento dos fluxos de capitais da economia brasileira, após a adoção do Real, sob a ótica da abordagem da economia política. Procura-se estudar e identificar os principais atores internacionais e suas atitudes quanto à avaliação dos riscos associados ao movimento de capitais  Esses atores podem ser classificados, quanto à sua finalidade, em seis grupos: Clube de Paris, Clube de Londres, G7, organismos multilaterais, investidores institucionais e agências de classificação de risco. O bom desempenho apresentado pela conta financeira do balanço de pagamentos está diretamente associado à enorme entrada de investimentos externos diretos, principalmente em privatizações de empresas brasileiras. As atitudes mais conservadoras assumidas pelo setor privado e pelos investidores, com o uso de instrumento de proteção de risco permitiram que as crises brasileiras, no pós-Plano Real acontecessem de forma mais moderada. Os fundamentos macroeconômicos da economia brasileira tornaram-se mais robustos no período recente, em função da recuperação da credibilidade do governo no combate da inflação; da rigidez imposta nas contas públicas e, sobretudo, dos aumentos sucessivos de superávits externos.

Palavras-chave: Economia brasileira, economia política, fluxos de capitais, regimes cambiais, grupo de interesse.

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Publicado

2021-06-16

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Artigos