Sistema comunal, divisão do trabalho e valor: contribuições teóricas para uma solidariedade para além do capital

Autores

  • Gabriel Gualhanone Nemirovsky Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Henrique Tahan Novaes Universidade Estadual Paulista
  • Elcio Gustavo Benini Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Edi Augusto Benini Universidade Federal de Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.4013/otra.2015.917.10

Resumo

A resposta ao desafio histórico da classe trabalhadora pela sua autodeterminação deve passar, obrigatoriamente, pela compreensão adequada dos limites estruturais e das potencialidades emergentes engendrados pela ordem metabólica vigente. Dessa forma, compreendemos que a construção de um sistema comunal de reprodução social deve considerar a superação das seguintes estruturas: a divisão hierárquico- social do trabalho, as formas de propriedade pró-capital e o intercâmbio mercantil. Consideramos, portanto, que este horizonte deve estar presente nas lutas da classe trabalhadora, atingindo, sobretudo, as mediações estruturantes do estranhamento do trabalho e da produção para a troca. No entanto, em que pese o debate marxista acerca do controle operário sobre a produção e da superação do mercado e da propriedade privada, ainda não parece haver consenso quanto às formas de divisão do trabalho e de intercâmbio social pretendidas, visando à integração orgânica da classe trabalhadora em um projeto estruturalmente viável. Com a intenção de contribuir com esse debate, o presente estudo se encaminha como ensaio teórico sobre os pilares da autogestão do trabalho, suas repercussões para as formas de organização e controle do processo de trabalho pós-capital, bem como a produção de valor de acordo com o grau de utilidade social no sistema comunal.

Palavras-chave: sistema comunal, autogestão, divisão do trabalho, valor.

Biografia do Autor

Gabriel Gualhanone Nemirovsky, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Professor de Teoria Econômica Geral da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, lotado no Campus de Nova Andradina - CPNA. Pesquisador da Economia Solidária relacionado aos temas: Autogestão, Organizações e Trabalho. Mmbro da Associação ViaSOT que se compromete como a organização e implementação de propostas para a viabilização da autogestão nas práticas sociais. Membro associado da Associação Brasileira de Pesquisadores da Economia Solidária.

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Publicado

2015-09-04

Edição

Seção

Economia Social e Solidária: contribuições teóricas