Sistema comunal, divisão do trabalho e valor: contribuições teóricas para uma solidariedade para além do capital
DOI:
https://doi.org/10.4013/otra.2015.917.10Resumo
A resposta ao desafio histórico da classe trabalhadora pela sua autodeterminação deve passar, obrigatoriamente, pela compreensão adequada dos limites estruturais e das potencialidades emergentes engendrados pela ordem metabólica vigente. Dessa forma, compreendemos que a construção de um sistema comunal de reprodução social deve considerar a superação das seguintes estruturas: a divisão hierárquico- social do trabalho, as formas de propriedade pró-capital e o intercâmbio mercantil. Consideramos, portanto, que este horizonte deve estar presente nas lutas da classe trabalhadora, atingindo, sobretudo, as mediações estruturantes do estranhamento do trabalho e da produção para a troca. No entanto, em que pese o debate marxista acerca do controle operário sobre a produção e da superação do mercado e da propriedade privada, ainda não parece haver consenso quanto às formas de divisão do trabalho e de intercâmbio social pretendidas, visando à integração orgânica da classe trabalhadora em um projeto estruturalmente viável. Com a intenção de contribuir com esse debate, o presente estudo se encaminha como ensaio teórico sobre os pilares da autogestão do trabalho, suas repercussões para as formas de organização e controle do processo de trabalho pós-capital, bem como a produção de valor de acordo com o grau de utilidade social no sistema comunal.
Palavras-chave: sistema comunal, autogestão, divisão do trabalho, valor.
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