Economia solidária e território: produção de espaços democráticos e participativos
DOI:
https://doi.org/10.4013/otra.2014.815.11Resumo
Temos buscado formular uma linha de investigação sobre a Economia Solidária pela perspectiva de construção de novos espaços econômicos e democráticos a partir da compreensão de que a democracia não se constrói, apenas, pelo viés político. A prática cotidiana da democracia radical, possibilitada pelas formas de autogestão econômica, introduz um novo comportamento social que se amplia para as outras esferas da vida. Partimos do princípio de que são as práticas sociais que dão origem às relações espaciais. Assim, o que se pretende é desenvolver um debate sobre como as diferentes formas de organização coletiva na cidade, inclusive daquelas que, a princípio, dizem apenas respeito à organização de trabalhadores em torno de uma atividade econômica, transformam as condições de vida de moradores a ponto de criar novas relações com o lugar onde vivem. Partir do entendimento do território como esfera de pertencimento e apropriação por uma comunidade abre a perspectiva para pensar numa estratégia que vá para além da esfera econômica, considerando que o desenvolvimento deve, também, tornar dignas as condições de vida das pessoas. Nesse sentido, pensar a Economia Solidária como estratégia de desenvolvimento territorial implica considerar que os princípios que regem os empreendimentos econômicos solidários podem ultrapassar o local da produção e pautar a vida da comunidade onde as iniciativas de Economia Solidária estão presentes.
Palavras-chave: economia solidária, território, produção social do espaço.
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