Alternativas socialistas, experiências solidárias: luta pela terra, reforma agrária e cooperativismo no Brasil e em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.4013/otra.2014.815.10Resumo
Este artigo irá tratar das experiências de reforma agrária no Sul de Portugal e no Sul do Brasil enquanto pontos de interseção das alternativas socialistas e das experiências solidárias. Para isso iremos, primeiramente, realizar um ensaio teórico a respeito da reforma agrária no Brasil e em Portugal, para posteriormente abordar os pontos de diálogo entre a economia socialista, o cooperativismo e a economia solidária. Enfatizamos que as experiências de economia solidária podem ser encontradas em muitas das experiências passadas do que se convencionou chamar de experiências socialistas. Nesse sentido, almeja-se tratar as experiências solidárias do passado a partir do que Santos (2002) define como Sociologia das Ausências e das Emergências. No caso brasileiro, iremos nos ater a um ensaio teórico sobre o cooperativismo no MST, através de pesquisa bibliográfica. No caso português, o caso debatido será o da UCP Terra de Catarina, em Baleizão, tendo como objeto de análise a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental no Arquivo da Reforma Agrária de Montemor-o-Novo e entrevistas a partir da metodologia da história oral. O objetivo do artigo é refletir sobre experiências solidárias que se estabeleceram na luta pela terra no Brasil e em Portugal, particularmente na emergência do cooperativismo agrícola enquanto um paradigma produtivo das áreas de reforma agrária. Não se quer dizer com isso, entretanto, que o cooperativismo seja o único modelo possível de alternativa produtiva para áreas de reforma agrária, mas sim, afirmá-lo como um modelo possível perante várias possibilidades de experiências solidárias.
Palavras-chave: reforma agrária, economia solidária, cooperativismo.
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