Entre solidariedade e justificação: uma sociologia das práticas de economia solidária no sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4013/otra.2014.815.04Resumo
A presente pesquisa se insere na problematização acerca do fenômeno da economia solidária. A partir da análise de documentos referentes ao Projeto Esperança/Cooesperança, que agrega diversas associações e cooperativas de economia solidária na cidade de Santa Maria (RS), Brasil, buscou-se identificar as hierarquias valorativas que subjazem à justificação das associações e cooperativas de economia solidária, bem como a retórica utilizada para transmitir estes valores. Conclui-se com este trabalho que a economia solidária possui uma justificação própria que se constrói na crítica ao sistema capitalista. Neste sentido, forma princípios próprios e se apresenta como projeto de transformação social pela economia. Salienta-se, no entanto, que a economia solidária está imbricada no que se chama de “hibridação da economia”: ela mescla elementos de uma economia monetária, não monetária e redistributiva, o que permite entendê-la como um conjunto de práticas econômicas marcadas pela pluralidade. Desta maneira, a economia solidária não é uma economia sem mercado, mas com um mercado baseado em valores e princípios diferentes do ideário liberal.
Palavras-chave: economia solidária, solidariedade, justificação, ideologia, utopia.
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