Política pública brasileira de formação de formadores de trabalhadores em economia solidária: fundamentos, avanços e desafios
DOI:
https://doi.org/10.4013/otra.2011.59.06Palavras-chave:
Formação, economia solidária, política pública, educação popularResumo
Nas três últimas décadas, a proliferação de empreendimentos de economia solidária no Brasil tem gerado crescentes demandas educativas e gerenciais, as quais não são atendidas pelas políticas tradicionais. Com isso, entidades de apoio e o movimento social passaram a demandar uma política pública de formação. Em 2009, a Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) implementou os Centros de Formação em Economia Solidária (CFES) destinados à formação de formadores, educadores e gestores públicos que atuam com economia solidária. Este artigo tem o objetivo de apresentar a emergência, fundamentos e operacionalização do CFES, bem como uma análise preliminar dos principais avanços e desafios através de pesquisa e participação observadora no CFES Sul. A análise permitiu concluir que a política apresenta características inovadoras principalmente devido ao caráter participativo presente desde sua formulação. Destaca-se também, no caso do Estado do Rio Grande do Sul (RS), o avanço no reconhecimento dos trabalhadores como formadores, colocando em prática os princípios da educação popular. Os limites identificados giraram em torno da rigidez e burocracia do sistema de convênio, e o principal desafio, no limiar do término da política, consiste no reconhecimento do CFES como referência político-pedagógica da formação em economia solidária no Brasil e sua própria continuidade.
Palavras-chave: formação, economia solidária, política pública, educação popular.
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