A presença de ovos é uma questão relevante para predadores de ninhos de quelônios de água doce?

Autores

  • Giselle Xavier Perazzo Universidade Federal do Rio Grande
  • Daiana Kaster Garcez Universidade Federal do Rio Grande
  • Claudio Rossano Trindade Trindade Universidade Federal do Rio Grande
  • Karine Massia Pereira Universidade Federal do Rio Grande
  • Alexandro Marques Tozetti Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2018.134.10

Resumo

A predação é considerada um jogo entre dois jogadores – predador e presa –, no qual tal pressão pode afetar as interações, atuando na distribuição e abundância de presas e predadores. Neste trabalho, avaliamos se a taxa de predação em ninhos artificiais varia em função da presença de ovos. Nossa hipótese é que, devido às pistas (visuais e olfativas) de solo revolvido deixadas em ninhos recém construídos, os predadores atacam ninhos independentemente da presença de ovos. Para testar essa hipótese, utilizamos ovos de codorna e construímos 30 ninhos artificiais divididos em dois tratamentos (15 com ovos e 15 sem ovos) na ESEC Taim, Brasil, e verificamos os ninhos durante dois dias consecutivos. Identificamos possíveis predadores por meio de registro em armadilhas fotográficas instaladas próximas aos ninhos, associadas à identificação das pegadas nos ninhos perturbados. Identificamos altas taxas de predação em ambos os tratamentos, corroborando nossa hipótese. Identificamos Cerdocyon thous e Lycalopex gymnocercus como predadores mais frequentes. Nossos resultados sugerem que os ninhos de quelônios são altamente detectáveis por predadores e que as pistas de localização usadas pelos graxains para encontrar ninhos recém-construídos estão relacionadas com a perturbação do solo, e não com a presença de ovos nos ninhos.

Palavras-chave: forrageamento, interação interespecífica, taxa de predação.

Biografia do Autor

Giselle Xavier Perazzo, Universidade Federal do Rio Grande

Doutoranda

Programa de Pós-Graduaç?o em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais

Instituto de Ciências Biológicas

Daiana Kaster Garcez, Universidade Federal do Rio Grande

Doutoranda

Programa de Pós-Graduaç?o em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais

Instituto de Ciências Biológicas

Claudio Rossano Trindade Trindade, Universidade Federal do Rio Grande

M.D.

Programa de Pós-Graduaç?o em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais

Instituto de Ciências Biológicas

Karine Massia Pereira, Universidade Federal do Rio Grande

Doutoranda

Programa de Pós-Graduaç?o em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais

Instituto de Ciências Biológicas

Alexandro Marques Tozetti, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Prof. Associado

Programa de Pós-Graduação em Biologia

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Publicado

2018-12-30

Edição

Seção

Nota Científica