Em que consiste o menu de Trachops cirrhosus (Chiroptera)? Uma revisão da dieta da espécie

Autores

  • Edson Silva Barbosa Leal Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal da UFPE
  • Leonardo da Silva Chaves Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza da UFRPE
  • João Gomes do Prado Neto IFT
  • Paulo Barros de Passos Filho IFT
  • Daniel de Figueiredo Ramalho Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade de Brasilia
  • Deoclécio de Queiróz Guerra Filho
  • Rachel Maria de Lyra-Neves Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Wallace Rodrigues Telino-Júnior Professor Doutor da UFRPE
  • Geraldo Jorge Barbosa de Moura Professor Doutor da UFRPE

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2018.134.08

Resumo

Poucos dados estão disponíveis sobre a predação de anfíbios, répteis e mamíferos pelo morcego lábios-de-franja Trachops cirrhosus (Chiroptera: Phyllostomidae: Phyllostominae), em particular no Brasil, onde os estudos ecológicos dessa espécie ainda são incipientes. Este estudo apresenta uma visão geral dos dados disponíveis na literatura sobre a composição da dieta de T. cirrhosus, além de dados registrados em região semiárida. Os primeiros registros da predação dos anuros Corythomanthis greeningi (Hylidae), Pleurodema diplolister (Leiuperidae), Proceratophrys cristiceps (Cycloramphidae), Dermatonotus muelleri (Microhylidae), Pipa carvalhoi (Pipidae), Leptodactylus sp. (Leptodactylidae), dos lagartos Vanzosaura rubricauda (Gymnophytalmidae), Hemidactylus mabouia (Gekknonidae) e de um roedor da família Cricetidae são reportados. Insetos (33%) constituem o principal componente da dieta de T. cirrhosus, enquanto anfíbios contribuíram com 23% dos itens registrados, seguidos por aves (14%), mamíferos (10%), lagartos (8%) e invertebrados (8%). Essa diversidade de presas é típica de um predador generalista, que é relativamente pouco afetado pelas flutuações sazonais na disponibilidade de presas. Isso é especialmente importante no bioma da Caatinga semiárida, que está sujeita a períodos prolongados de seca que resultam em escassez de recursos alimentares.

Palavras-chave: floresta tropical sazonalmente seca, herpetofauna, roedores, morcego de lábios de franja, relação predador presa.

Biografia do Autor

Edson Silva Barbosa Leal, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal da UFPE

Departament of Zoologia

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Publicado

2018-12-30

Edição

Seção

Nota Científica