Dendrocronologia e clima na Floresta Atlântica brasileira: quais espécies, onde e como

Autores

  • Cláudia Fontana Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Gabriela Reis-Avila Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Cristina Nabais Universidade de Coimbra
  • Paulo Cesar Botosso Brazilian Agricultural Research Corporation (Embrapa).
  • Juliano Morales Oliveira University of Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2018.134.06

Resumo

A dendrocronologia aumentou notavelmente nas regiões tropicais durante as últimas décadas e alguns padrões gerais podem emergir de análises abrangentes de estudos de caso. Aqui, investigamos as contribuições da dendrocronologia para a bioclimatologia de espécies arbóreas na Floresta Atlântica brasileira (FA). Perguntamos: Quais espécies e locais dispõem de séries de anéis de crescimento codatáveis adequadas para inferência bioclimática? Quais são os métodos de amostragem e análise aplicados? O que esses estudos dizem sobre a sensibilidade do crescimento das plantas às condições climáticas? Quais lacunas de conhecimento podem ser identificadas? Para isso, buscamos artigos abordando as relações clima-crescimento por meio de cronologias de anéis. Encontramos 11 artigos, cobrindo 16 cronologias de 10 espécies. O número médio de árvores nas cronologias foi de 16 indivíduos. Oitenta e sete por cento das cronologias sugeriram um sinal positivo de precipitação e algum sinal positivo de temperatura foi identificado em todas as cronologias comparadas às séries mensais ou sazonais de temperatura. Os resultados são apoiados pela literatura especializada, que aponta a influência da precipitação nos trópicos. Entretanto, tirar conclusões mais sólidas sobre o papel do clima no crescimento de espécies arbóreas da FA exigirá maiores esforços no levantamento da diversidade da arbórea e no desenvolvimento de rigorosas cronologias codatadas.

Palavras-chave: floresta subtropical, floresta tropical, parâmetros dendrocronológicos, relação clima-crescimento.

Biografia do Autor

Cláudia Fontana, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Laboratório de Ecologia Vegetal

Gabriela Reis-Avila, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Instituto de Biociências. Av. Bento Gonçalves 9500, Porto Alegre, RS, 91501-970, Brazil.

Cristina Nabais, Universidade de Coimbra

Department of Life Sciences, Functional Ecology Center. Calçada Martim de Freitas, 3000, no 456, Coimbra, Portugal

Paulo Cesar Botosso, Brazilian Agricultural Research Corporation (Embrapa).

Embrapa Forestry. Estrada da Ribeira - Km 111, 83411-000, Colombo, PR, Brazil.

Juliano Morales Oliveira, University of Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Department of Polytechnic School - Plant Ecology Laboratory. Av. Unisinos, 950, Cristo Rei, 93022-750, São Leopoldo, RS, Brazil.

Downloads

Publicado

2018-12-30

Edição

Seção

Artigo de Revisão