Grãos de pólen de Poaceae dos Campos do sul do Brasil: tamanho do grão de pólen em espécies de ambientes secos e úmidos

Autores

  • Jefferson Nunes Radaeski Laboratório de Palinologia da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Canoas, RS, Brasil
  • Soraia Girardi Bauermann Laboratório de Palinologia, Universidade Luterana do Brasil, Campus Canoas, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2018.132.03

Resumo

A uniformidade dos grãos de pólen de Poaceae aliada aos poucos dados sobre a morfologia polínica no sul do Brasil ocasionam baixa resolução taxonômica em registros polínicos. Neste estudo, foram realizadas análises em grãos de pólen de espécies campestres de Poaceae de diferentes regiões do Sul do Brasil, e apresenta-se a diversidade polínica de 70 espécies (59 gêneros, 15 tribos e 6 subfamílias) dos biomas Pampa e Mata Atlântica. As análises morfométricas dos grãos de pólen indicaram que espécies de campos úmidos apresentaram tamanho maior que os de espécies de campos secos. Apesar das médias das medidas apresentarem pequenas diferenças entre os tamanhos dos grãos de pólen dos biomas, esses dados não podem ser aplicados aos registros fósseis, uma vez que diferenças não significativas ocorreram entre as amostras, as quais também foram verificadas no tamanho de pólen de espécies C3 e C4, devido à alta variação do tamanho dos grãos de pólen de espécies C3. Esses registros fornecem relevantes inferências ecológicas de grãos de pólen de Poaceae para a aplicação em reconstruções da vegetação. Além disso, quanto às relações taxonômicas, os resultados sugerem a tendência de diminuição no tamanho do grão de pólen nas tribos mais derivadas.

Palavras-chave: registros polínicos, Palinologia, bioma Pampa, gramíneas, grãos de pólen diporados.

Biografia do Autor

Jefferson Nunes Radaeski, Laboratório de Palinologia da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Canoas, RS, Brasil

Laboratório de Palinologia da ULBRA

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Publicado

2018-06-05

Edição

Seção

Artigos