Ausência do mexilhão dourado invasor em um reservatório perto de Curitiba, Brasil: um possível caso de invasão malsucedida
DOI:
https://doi.org/10.4013/nbc.2018.131.10Resumo
Embora a maioria dos casos de introdução de espécies não-nativas não resulte nas fases finais do processo de invasão ou em impactos negativos, há poucos relatos de insucesso em suas diferentes etapas, especialmente para introduções não intencionais. No entanto, casos de invasão sem sucesso podem ajudar a entender quais fatores são predominantes durante o processo de invasão. O mexilhão dourado, Limnoperna fortunei, é uma espécie invasora na América do Sul e, desde seu primeiro registro na bacia do Prata, tem se espalhado e causado impactos ecológicos e econômicos em diferentes bacias hidrográficas. Com base em amostragens de larvas por meio de técnicas convencionais e moleculares e censo visual por mergulho autônomo, relatamos a ausência dessa espécie invasora após seu registro em 2003, no reservatório de Piraquara I, Bacia do Alto Rio Iguaçu, Brasil. Esse é o único potencial registro de indivíduos juvenis dessa espécie em ambiente de reservatório sem seu estabelecimento e propagação. A compreensão das causas de invasões malsucedidas pode ser crucial para prevenir seus impactos negativos. Assim, a precisão dos registros de espécies não nativas em novos ambientes é fundamental, e relatos de invasões malsucedidas de espécies não nativas podem ser tão importantes quanto o informe de novas ocorrências.
Palavras-chave: Bivalvia, espécies exóticas, engenheiro ecossistêmico, invasão, naturalização, pressão de propágulos.
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